quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Não se pode confiar nem na mãe da gente mais...

Domingo estava eu, bem tranquilo, fazendo um churras quando meu telefone tocou. Era a minha mãe:
eu - Faaala véia.
mãe - aqui na capelinha, no aniversário surpresa do tio Edmundo.
eu - ahã...
mãe - sabe quem ta aqui?
eu - não, quem?
mãe - A Ju com o nenem.
eu - ahh diz que a Lizi e eu estamos mandando um beijo pra ela e pro daniel.
mãe - Então tá. A tarde eu dou um pulo ai na casa de vocês.
eu - Ta bom, bj.
Desliguei o telefone e a Lizi perguntou:
- Quem era?
eu - A mãe. Tá lá no aniversário do tio Edmundo.
Lizi - Pra quem que a gente mandou um beijo?
eu - Pra Ju... Ela ta lá com o bebedaju.
Lizi - Tu não quer ir lá da um beijo na tua prima.
eu - Depois quem sabe.
Mas é claro que eu não ia. E a Lizi sabia disso. Tudo o que eu queria era ir pra casa assistir pela enésima vez um filme qualquer da minha coleção.
Agora vem a traição... não posso nem confiar mais na minha mãe.
- sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra ( é o toque do meu celular).
Minha mãe de novo.
eu - Oi.
Voz que não é da minha mãe - Oi primo.
eu xingando minha mãe em pensamento - Oi ( reconheci a voz.. era a Ju.)
Ju - Como é que tá?
eu - bem
Ju - Tu vai vir aqui pra conhecer meu filho né.?.?.?
eu querendo matar a minha mãe - Vou... depois a gente da uma passada ai.
arhghhhhh!!!!!!

Terminamos de almoçar e lá fomos nós.
Eu não gosto de festa de família. Mas tenho que admitir que foi muito bom ter ido lá. De cara encontrei meu tio Edmundo na rua, caminhando processando a emoção da surpresa. Ele me abraçou e me agradeceu por ter ido. Eu não tinha ido por causa dele, mas o abraço que ele me deu foi tão verdadeiro que eu me senti culpado e até me deu vontade de chorar, mas eu não chorei porque sou macho e macho não chora. Quando eu entrei na maldita capela (todas as capelas, igrejas e templos religiosos são malditos pra mim) vi um monte de gente que fazia tempo que eu não via. Primos, primas, tios e tias que fizeram parte da minha vida e dos quais me afastei sem nem saber o motivo.
Passei de domingo até hoje refletindo e tentando entender que sentimento é este que apareceu agora, do nada, assim de repente. E cheguei a conclusão que é saudade. A mesma saudade que eu sinto quando escuto Simon and Garfunkel, ou Led Zeppelin, ou outra banda rock. É uma saudade de um tempo que eu não vivi, de um tempo que eu deixei passar e nem percebi. É uma pena, mas ainda há tempo de corrigir esta falha que é só minha e graça aos seres superiores tenho do meu lado uma pessoa maravilhosa que vai ficar muito feliz em me ajudar a tomar de volta este tempo que é meu.
Quero, através deste post, agradecer algumas dessas pessoas especiais que encontrei neste domingo.
Ao tio Ed e a Tia Tânia por ajudarem a cuidar da minha mãezinha.
Ao Iu e ao Pi por serem meus irmãos.
A Juliana que me ligou e me colocou um sentimento de culpa fazendo que eu fosse até lá.
E a Néia por cuidar do Fabinho. E olha... eu nem falei com ela, mal cumprimentei. Mas é que eu fiquei com medo... sei lá... eu sonho muito com o dindo Ico, que nem era meu dindo de verdade, iria ser meu padrinho de crisma, mas ele evoluiu muito cedo e deixou muita saudade. Eu realmente queria ter convivido mais com eles. É estranho, porque faziam uns 15... sei lá 20 anos que eu não via a Juliana e ano passado por obra do todo poderoso Jim Morrison, Deus do Rock a gente se reencontrou, e eu me sinto muito a vontade com ela, como se nós tivéssemos sempre estado em contato.
Bom, a verdade que e ela me fez um bem e agora eu devendo uma. Vou ter que pagar aquela visita e vou pagar com gosto.
Sobre aquela história que macho não chora.... quando cheguei em casa assisti ao filme "O SOM DO CORAÇÃO" e chorei feito um maricas. A propósito O Som Do Coração é um filme para se ouvir e não para se ver.
bjs.
Vou dar um jeito de fazer um encontro dos primos. Numa pizzaria ou coisa parecida que dai a gente se encontra, conversa, come, vai embora e não precisa limpar nada.
bjs.
fui.

2 comentários:

  1. Pô, Marquinhos, legal...eu te achava legal, agora sou tua fâaaa. Mas estou sentida com VC, pois neste domingo, que se refere, fui visitá-los e nem falou da minha visita e nem do bolo de caneca, maravilhoso que a lize fez. Mas tudo bem. Te amo mesmo assim.Adorei teu blog.Tia lolo

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  2. PRIMO!

    Chorei lendo este post. A gente pensa tão parecido!!! Eu pensei muitas vezes antes de ir naquele domingo, também não sou fã de festonas de família. Mas com certeza ter ido foi muito bom. Sinto saudade da nossa infância, parece que passou tão rápido, e a gente deixou pra trás tantas oportunidades de aproveitar mais a companhia da família, esses amigos que o cara lá de cima nos deu adiantado. Não vamos nos perder de novo. Tu e a Lizi são pessoas muito queridas, quero tê-los sempre bem perto. E estão mais que convidados para vir me visitar, estão intimados!!! Um beijo enorme!

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