Tempo bom não volta mais.

Hoje é meu aniversário. Faço 31 anos. Não que seja ruim ter 31 anos, mas romper a barreira dos 30 me trouxe certa nostalgia. Deu-me saudades de jogar bola na praça, de pés no chão e com aqueles bancos de concretos atrapalhando. De enfrentar a freeway em véspera de feriadão, de ônibus pinga-pinga, naquele frio, só pra ficar com os amigos trancados dentro de casa jogando Lakers x Celtics e comendo batata frita (coisa que a gente podia fazer em Porto Alegre, mas na praia era mais legal). Ou daquela ansiedade que antecedia as férias de verão. Como era bom ir pra casa do Vô e da Vó na Praia do Barco e encontrar a galera. Foi nesta época que eu me tornei o que eu sou hoje. Foram estas pessoas, estes amigos, que me ajudaram a descobrir quem eu sou. Em mim vive um pedacinho de cada um deles e espero ter deixado um pedaço meu em cada um deles também. Felizmente de todos os meus amigos apenas um já se foi, ou melhor, uma... minha avó Lourdes. Gente boa a veia (a comida dela era horrível) mas ela era demais.
Assim é a vida. Ela não tem marcha ré, só anda pra frente. Não dá pra voltar a trás. Mas quer saber... eu nem queria mesmo. As lembranças só são boas porque são lembranças. Se a gente pudesse voltar iríamos fazer uma coisa diferente cada vez que voltássemos e acabaríamos estragando tudo. Não me arrependo de nada do que eu fiz e muito menos do que deixei de fazer. E lembro de tudo com uma nitidez incrível e uma saudade enorme.
Agradeço a todos. A minha Família, principalmente meus pais e minha irmã, aos amigos da ZEFA, da Praia, do Dorotéia, do Santo Inácio e até ao CLJ que me trouxe meu maior presente. Meu amor, minha confidente, minha melhor amiga, minha vida, minha Lizi - te amo demais – obrigado por tudo.
Meio sentimental demais.. eu sei... mas é a idade...
Beijos.
Fui.